Uma pequena história

Nazaré, 1 de Janeiro, talvez 22 ou 23 horas, acabados de jantar e a fazer tempo para mais uma saída até ás tantas, somos presenteados por mais uma imitação do Fresquinho ao popular "Chato" da série Os Contemporanêos na cena em que este goza com um anão. A verdade é que quando saímos já íamos fartos de anões até ás orelhas.

Perto das 2 ou 3 da manhã, por entre todo aquele arraial que convivia na praça, de repente surge um individúo que teria no máximo 80 ou 90 centimetros, mas tal como apareceu, depressa o perdemos de vista naquele mar de gente, não havia dúvida era um anão e dos mais pequenos alguma vez visto, ficámos um pouco espantados por encontrar um na precisa noite em que estávamos a falar deles.

Seriam mais ou menos 5 da manhã e depois da PSP fechar praticamente tudo onde ainda havia resistentes, encontrámos um bar para beber a ultima da noite e descansar as pernas, qual não é o nosso espanto quando reparamos que na mesa ao lado da nossa se encontra um grupo maior que o nosso e que bastante animado cantava musicas de carnaval, até aqui tudo normal não fosse o facto do unico musico do grupo ser o anão, que sentadinho na mesa e com apenas uma chávena e um pires servia de orquestra para os seus amigos cantarem " O amigo Charlie" e " A cabeleira do Zézé" entre outras. Mais admirados ficámos quando terminado o concerto o anão abandonou o local de mãozinha dada com uma rapariga, a mais bela do grupo.

Não havia nada a fazer, essa noite já não se falou noutra coisa a não ser no anão.

Manhã de dia 2, somos acordados com o som de um telemóvel, era O Tira, e dizia qualquer coisa como isto" não vão acreditar! o anão está a dar um show de surf na praia!", a nossa reacção foi (vai gozar com o cara***), só podia estar a gozar, como era possível?

Nem ligámos, o certo é que quando ligámos a TV durante a tarde e ao fazer um pouco de zapping damos de cara com quem? com o anão num programa sobre os atletas paralímpicos, o rapaz afinal era atleta e parece que dos bons!

Chegados a casa, alguns de nós bem tentámos pesquisar pela net á procura de algo que falasse sobre o anão, tínhamos de saber quem ele era, mas todas as buscas foram infrutíferas, nem sinal dele, nada! é mais dificil de encontrar do que a Maddie ( também é mais pequeno), não sei se por ser tão pequeno não apareça nos nossos computadores, talvez só apareça no Magalhães.

Resta-nos esperar que nos próximos Jogos Paralímpicos possa ganhar muitas medalhas e que se torne conhecido, para finalmente lhe podermos dar a homenagem que merece, uma GRANDE homenagem.

A história pode não fazer muito sentido para quem não a viveu, mas para quem lá estava acreditem que faz.

P.S. E não é que isto a que chamam blog faz hoje 1 ano...